A extensão rural possui um caráter coletivo, sendo um processo educacional que transfere conhecimentos e tecnologia para as famílias.

A assistência técnica é mais individualizada, pois aplica tecnologia de forma técnica, onde o profissional possui o conhecimento. Visa resolver problemas imediatos e pontuais, e pode criar certa dependência do produtor pelo técnico.

Extensão rural ensinar a resolução própria dos problemas pelo agricultor, fornecendo instrumentos para otimizar o uso de recursos e tornando-os menos dependentes de fatores externos.

Pode-se dizer que a assistência técnica, por ser um tipo de disseminação e transferência de conhecimento do técnico para o agricultor, possui um alcance mais restrito para a população alvo, enquanto a extensão rural possui um alcance maior em função do caráter coletivo e multiplicativo.

A extensão rural baseia-se em:

• Sistema educacional;


• Basea-se na realidade rural;


• Programas elaborados com a população;


• Trabalha de forma integrada com outras agências e instituições;


• Utiliza e estimula a liderança e trabalho em grupo;


• Adota a família como unidade de trabalho;


• Adapta-se o processo educativo ao nível do agricultor;


• Articula-se com pesquisas;


• Reavalia o trabalho executado;


• Atua em favor da política de desenvolvimento do País;


• É um sistema apolítico.

São formas diferentes e que se complementam.

O pensamento cartesiano pressupõe que deve-se separar as áreas de conhecimento, dividindo atividades em tarefas, subdividindo tarefas em atos isolados.

Esse processo restringe a ciência a um campo específico, onde cada atividade profissional torna-se uma especialidade.

Ao mudar esse contexto, unindo e juntando as áreas de conhecimento, fazendo conexões entre diversos assuntos e tópicos, promove-se a consciência global, aproximando a realidade a toda sua plenitude.

A agricultura familiar e o setor primário brasileiro passam por diversos desafios, como a competição com sistemas agropecuários protegidos por subsídios e barreiras comerciais, impostas por países desenvolvidos, além de contar com vantagens imensuráveis como clima favorável, solos férteis e enormes áreas de terras disponíveis.

É função da ATER instrumentalizar o homem -família produtora rural- a enfrentar esses desafios. Para isso é necessário extensionistas competentes trabalhando em conjunto com especialistas em assuntos e técnicas relevantes para toda a unidade produtiva e, pensando no futuro, toda a cadeia produtiva.

É necessário romper a idéia de ferramenta tecnicista e adotar metodologias e estratégias didáticas que possibilitam o protagonismo dos agricultores no processo de desenvolvimento.

Pontos a serem abordados e desenvolvidos no processo de ATER:

• Regaste histórico, buscando uma breve retrospectiva da comunidade e extensão local, para compreender as ações tomadas em cada momento histórico;


• Compreensão dos sujeitos, movimentos sociais, novas tecnologias. Tudo que exija um novo olhar da extensão rural e adoção de práticas educativas compatíveis com as demandas atuais da comunidade/sociedade;


• Referencial teórico, contribuindo com pesquisas e relações educativas estabelecidas. Agregas princípios teóricos tanto da produção da Unidade Produtiva, quanto na produção de conhecimento e concepção de educação popular e didática, desenvolvidas e elaborados por Jean Piaget, Paulo Freire e Pedro Demo;


• Delineamento da ATER, aplicada no processo participativo de planejamento e gestão social, sistematizando na forma de momentos e passos.

A ManejeBem atua no meio da ATER de forma online, remota e presencial, combinando assistência técnica, extensionismo rural com tecnologias de comunicação, gestão e análise.

A ferramenta completa do ManejeChat permite a comunicação entre agricultores e técnicos, formando um comunidade local ao mesmo tempo que remota, onde o compartilhamento de informações é a base fundamental para o funcionamento da tecnologia.

A capacidade de atendimento de agricultores aumenta com a participação de todos através da tecnologia do aplicativo, descobrindo novas soluções e adaptando-as a diversas realidades.

Com as informações em mãos, desenvolve-se um Dashboard (Painel gráfico) para acompanhamento de indicadores sócio-agro-ambientais. Estes indicadores vão desde produtividade, peso, adubação, colheita, gestão, segurança e utilização de EPIs.

Relatórios com Insights de profissionais da área para avaliações de indicadores e Equipe de especialistas para realização de atendimento técnico agrícola possibilitam e garantem adoção de técnicas capazes de aumentar a produção e produtividade dos agricultores e suas comunidades.

Além disso, elaboram-se treinamentos para agricultores, para que virem atores sociais e comunitários, e disseminem o conhecimento visando o desenvolvimento social e regional.