Ativação dos mecanismos de defesa das plantas - A melhor maneira de combater doenças e pragas

Você sabia que as plantas possuem mecanismos de defesa naturais contra doenças e pragas?


Os fungos, bactérias e vírus que atacam as plantas usam diversas estratégias para infectar e colonizar os vegetais, liberando moléculas para melhorar a sua aptidão microbiana. Contudo, durante o processo evolucionário, as plantas desenvolveram mecanismos próprios de defesa para dificultar a colonização dos seus tecidos. As plantas, ao contrário dos mamíferos, não possuem células defensoras móveis e um sistema imunológico como a do ser humano. Em vez disso, elas contam com a imunidade inata de cada célula, ou seja, com aspectos anatômicos que funcionam como barreiras à penetração do microrganismo e com a ativação de mecanismos de defesa.


O reconhecimento entre hospedeiro e microrganismo tem um papel fundamental na interação entre plantas e seus agentes patogênicos. Os patógenos, por exemplo, possuem a capacidade de detectar a presença de plantas em seu ambiente e, além disso, são capazes de reconhecer características específicas da superfície do seu hospedeiro, para efeito de penetração e infecção. Em contrapartida, as plantas possuem mecanismos sofisticados para detectar a multiplicidade de agentes patogênicos potenciais em seu ambiente e para ativar sua defesa na presença de determinados microrganismos.


O reconhecimento de microrganismos pelas plantas ocorre de duas maneiras. A primeira forma é definida como defesa basal, onde um determinado padrão molecular proveniente de microrganismos, como por exemplo, a flagelina bacteriana, é reconhecido por receptores transmembrana logo após o contato com a célula vegetal. A segunda, definida como resistência específica do hospedeiro, é baseada na interação altamente específica entre moléculas efetoras dos patógenos e receptores proteicos ricos em leucina. Estes receptores são codificados por genes de resistência (R) e ficam no interior da célula das plantas.


Desta forma, os vegetais podem reconhecer diversas moléculas, denominadas de elicitoras, que geram um sinal que é amplificado para o sítio de ação no interior da célula e que, posteriormente, é traduzido e revertido em ativação de genes envolvidos com defesa vegetal.


O termo moléculas elicitoras, inicialmente, foi utilizado para se referir às moléculas que induzem a síntese e acúmulo de compostos antimicrobianos no interior das células vegetais. Porém, hoje, este é comumente empregado para designar moléculas, de origem biótica ou abiótica, exógeno ou endógena, que estimulam qualquer mecanismo de defesa vegetal. Exemplos de mecanismos induzidos por elicitores incluem a síntese de compostos fenólicos, a síntese de proteínas que inibem a ação de enzimas produzidas por patógenos, a formação de estruturas de defesa histológica, a produção de novas classes de proteínas relacionadas à patogênese e uma resposta de hipersensibilidade, entre outros.


O processo de ativação de mecanismos de defesa, resultante dos estímulos provocados por moléculas elicitoras, é chamado de indução de resistência do vegetal, que pode acontecer tanto no sítio de contato do indutor com a planta, como em locais distantes do mesmo, ou seja, pode acontecer de forma local ou sistêmica. Assim, define-se a indução de resistência como um aumento do nível de resistência, em consequência da ativação de seus genes ou grupos de genes aparentemente inativos, utilizando-se de agentes externos.


As alterações na resistência vegetal a agentes patogênicos vêm chamando a atenção da comunidade acadêmica para a investigação de potenciais indutores de resistência, como é o caso de determinados óleos essenciais, extratos de plantas medicinais, polissacarídeos, leveduras, moléculas químicas, entre outros. Além disso, alguns indutores de resistência já foram transformados em produtos, registrados e liberados para uso na agricultura em diferentes países, como por exemplo, Oryzemate®, Bion®, Messenger®, Oxycon® e Elexa®. O Bion ® (Acibenzolar-S-metil) é o único indutor de resistência liberado no Brasil.


Referência: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/177888/348085.pdf?sequence=1


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