#maranhao Policultura com a mandioca

De 10.000 anos de agricultura, humanos tem produzido alimento através de policulturas integradas por pelo menos 98% da história! A prática e teoria da policultura foca em componentes vegetais, contudo os princípios e o fundamento funciona no cultivo de árvores (silvicultura e fruticultura), aquicultura e sistemas de produções animais. Você também quer fazer um policultivo? Clica aqui!

POLICULTURA


A policultura se baseia no estudo de ecossitemas naturais, oferecendo uma ponte que integra sistemas humanos e naturais, tanto na teoria quanto na prática. De todos os conteúdos que agregam a policultura, o básico é a interação de componentes produtivos no espaço e tempo. A principal vantagem é a oferta de melhor produção de comida, fibras e funções.


Policulturas produzem mais em áreas pequenas e sofrem menos com falta de energia, genética ou técnicas para aumentar a produção.


Ao mesmo tempo, demandam maior envolvimento e conhecimento no manejo.


Existem 3 formas comuns de policultura: múltiplas culturas; culturas sequenciais e consorciação.


Monocultura: somente um componente produtivo repetidamente no mesmo local.


Múlti culturas: utilizar a mesma área para duas ou mais produções no mesmo período.


Culturas sequenciais: o termo se diferencia de múltipla cultura pelo tempo. Utilizar dois ou mais componentes produtivos, num mesmo local, mas em tempos diferentes.


Consorciação: o termo que melhor representa a policultura. Dois ou mais componentes produtivos, ao mesmo tempo, em diferentes locais da área. Pode dividir-se em: consórcio misturado, consórcio em linhas, consórcio onde um componente está produzindo e o outro está no ponto de colheita.


MANDIOCA, AIPIM, MACAXEIRA


É uma espécie que tolera baixa fertilidade, solos pobres, adversidades, de boa produção e com diversas funções para suas raízes, com potencial de substituir os produtos baseados em milho


A mandioca retira do solo o que produz, portanto reage bem a adubação. Ao mesmo tempo é considerada uma cultura degradante do solo.


Problemas da baixa produtividade da mandioca podem ser solucionados com a policultura, como baixa fertilidade, pragas e doenças e erosão do solo.


Quando em policultura, recomenda-se  uma quantidade de 8000 a 12000 plantas/hectare, espaçamento em linhas e entrelinhas de acordo com a importância das outras espécies, da ramificação da variedade e fertilidade do solo.


Sistemas simples utilizam poucas espécies, enquanto sistemas complexos utilizam diversas espécies com múltiplas funções. Cada espécie pode ser plantada e colhida no mesmo ou em diferentes períodos de acordo com suas características.


Espécies utilizadas em policultivo com a mandioca: milho; feijão, ervilhas, amendoim, arroz, melancia, batata doce. Em outras sistemas agroflorestais: coqueiro, bananeira, cajueiro, ingazeiro e eucalipto (ambos para adubação verde), mamoeiro, etc. As espécies leguminosas são benéficas por fixarem nitrogênio no solo e podem providenciar proteínas necessárias à família e pecuária.


Recomenda-se espécies que amadurecem cedo, reduzindo a competição e excesso de sombreamento. A policultura reduz o risco no caso de perda da safra, providencia diversidade de colheita e produtos.


Exemplo de policultivo é arroz de sequeiro nas entrelinhas e milho entre as mandiocas em linha. Assim que colher o arroz e o milho aos 4 ou 5 meses após o plantio, semea-se um legume de curta duração como o feijão mungo, soja, caupi ou amendoim nas entrelinhas onde ficava o arroz. Se as chuvas permitirem, uma quarta entressafra como feijão caupi ou amendoim é semeada onde estas os antigos grão.


Onde a seca se estende, haverá somente uma entressafra, geralmente milho. Para manter condições adequadas e criar resiliência contra a seca, técnicas como adubação verde e cobertura morta (mulching) são eficazes. Estas técnicas aumentam a matéria orgânica do solo, que por sua vez garante umidade, porosidade, estrutura e nutrientes ao solo. 


A matéria orgânica pode ser mantida com a decomposição de folhas, excrementos, ramos, plantas invasoras, grama, compostagem, ou seja a adubação verde, considerada adequada devido ao fato da mandioca possuir características que depletam o solo. 


Em locais declivosos e com erosão, utiliza-se Leucena, Gliricidia e Vetiver, com ausência de aração promovendo a vida no solo. Lembrando que arbustos e arvoretas geram alimento, utensílios e combustível, além da formação de terraços.


Quanto a ervas daninhas, os primeiros dois meses são críticos, onde o espaçamento das plantas, a adubação verde e cobertura morta são manejos que ajudam a controlar plantas indesejáveis e invasivas, estas mesmo servindo como cobertura morta.


CONSÓRCIO DA MANDIOCA, AIPIM, MACAXEIRA


Recomenda-se plantio em fileiras simples ou duplas (este é devido a mecanização) com espaçamento de 1,20 (entre fileiras duplas) x 0,70 (entre linhas) x 0,70 (entre plantas). Deve-se atentar ao período de colheita, necessidade do ambiente, importância e formato da espécie.


Boas práticas de manejo são necessárias, visto que o cultivo de mandioca demora e é árduo. Ferramentas e implementos devem ser adequados as tarefas. Uma ferramenta simples é o arrancador manual de mandioca, evita o trabalho de cavar e o esforço na coluna. A utilização de árvores em sebes também trará retorno a longo prazo, de 2 a 5 anos. Plantio em contorno com gramíneas (Vetiver, Braquiária) e consórcio com amendoim reduzem a erosão, dobrando o lucro bruto e líquido.


Adotando práticas adequadas e com planejamento, pode-se chegar a rendimentos de até 70 toneladas/hectare.


O primero passo é planejar minuciosamente o local e abrir, canalizar, fazer sulcos, enleirar ou represar a área a ser plantada, garantindo a estocagem de água do período de chuva se estender ao período de seca. Este processo se inicia do ponto mais alto da propriedade e ao redor da comunidade ou local do vilarejo.


Em solos preparados da forma adequada para o local (como o enleiramento das linhas de plantio, canais/sulcos com cobertura morta entre as linhas), planta-se uma mistura de árvores leguminosas, frutíferas, bananeiras, mamoeiros, mandioca, cana da índia, batata doce e confrei. Cada planta possuindo uma função no sistema.


Deve haver uma de cada planta a cada 1m-1,5m, com Acácia no espaçamento de 3x3m, bananeira a 2x2m, frutíferas a 5x8m, palmeiras a 10x10m e as espécies menores como preenchedoras de espaço. A idéia é cobrir completamente e sombrear o solo nos primeiros 18-20 meses de crescimento.


Plantios densos deste tipo devem ser cortados ou servirem como mulch, utilizando gramíneas de rápido crescimento e depois podar/roçar a cana da índia, confrei, bananeira, acácia e adubação verde. Após isso, espécies tolerantes de sombra como cafeeiro e taioba/inhame podem ser colocados nas áreas abertas.


Deve-se incluir: caminhos de acesso, aberturas e clareiras para culturas anuais, plantas melíferas nas bordas, flores e plantas resistentes ao fogo, "cheias de água" como o confrei. Trapoerabas (Tradescantia), maria sem vergonha (Impatiens) e suculentas podem ser utilizadas com o tempo, enquanto as frutíferas são "limpas" das gramíneas, fazendo mulch (cobertura morta) de podas de locais cheios de acácias e bananeiras.


É melhor ocupar um quarto de hectare inteiramente do que espalhar árvores em 2 hectares, pois a produção é maior, a manutenção menor, a umidade é conservada e podem ser utilizadas como mulch.


O sistema pode ser complexo e denso perto da comunidade/casa ou simplificado e testado com espécies de alta produtividade conforme a distância da casa aumenta.


A quantidade de espécies produtivas, manejadas e efetivamente colhidas na policultura é decidida por certos fatores:


1. Número de pessoas responsáveis por manejar uma ou duas das espécies produtivas (quantidade de trabalhadores e quem trabalha);


2. Proximidade da casa/comunidade/cidade (zoneamento);


3. Balanço do custo e benefício relativo ao aumento de insumos até um nível ótimo (custos e economia);


4. Necessidade de guildas de plantas eficientes (conjunto produtivo ecológico e harmonioso);


5. Método ou marketing e processamento (se as espécies podem ser beneficiadas e possuem outros usos);


6. Área total utilizada. Áreas maiores demandam maior simplicidade, num fator de 4 espécies ou mais.


7. Maturidade ou estágio de desenvolvimento do sistema. Sistemas antigos providenciam mais nichos, enquanto sistemas jovens fornecem produtos regularmente.


Na prática, sistemas de jardins, paredes, telhados e treliças são os mais complexos e ricos em  espécies cultivadas.


Sistemas complexos beneficiam de diversas formas o produtor e a comunidade, contudo é difícil de controlar e colher policulturas ricas em espécies. Funcionam melhor em pequena escala e com atenção de perto das pessoas.


O retorno econômico na policultura chega ao máximo em sistemas com até 8 espécies. O maior retorno nutricional é em sistemas de até 100 espécies, distribuídas por todas as estações. Estes fatores (extensivo vs intensivo e econômico vs nutricional) devem ser definidos para surtir um efeito profundo no planejamento. Nossos jardins acabam se tornando áreas de experimentação para as zonas mais afastadas.


Planejando a Área:


* Acesso principal e formas de colheita;


* Terraplanagem para coleta de água da chuva e culturas específicas;


* Cobertura morta (mulching) suficiente;


* Melhores estratégias de irrigação e manejo da água;


* Melhor planejamento da comunidade;


* Aprimoramento e sofisticação do local de processamento para o mercado.


Estes são os principais fatores que podem reduzir o trabalho, aumentar a produtividade e valores comerciais.


Há grandes vantagens ao testar sistemas com novos legumes, variedades de árvores e terraplanagem para produtividades ótimas e avaliar fatores como atividades, trabalho, relações sociais e mercado para desenvolvimento futuro.


Em novos locais, as mesmas considerações devem ser levadas em conta, contudo a implantação de quebra ventos e terraplanagem são prioridades, precedendo ao plantio.


Análise do solo, macro e micronutrientes também são essenciais, pois quantias modestas disto irão fornecer vigor e rendimento antecipadamente. As plantas consorciadas também são prioridade, pois podem ser usadas para abrigar espécies delicadas, mas também como mulch, fixadoras de nitrogênio ou redução de danos pelo sol, vento e maresia.


Etapas no planejamento da policultura:


1. Avaliar o mercado; futuro; preços; potencial do beneficiamento para um maior valor; trabalho; ações e partilhas (distribuição de lucro); legislação; necessidades sociais e locais para auto-sustento.


2. Análise e aconselhamento técnico sobre solos e nutrientes necessários.


3. Planeje o traçado do solo, linhas de plantio, quebra ventos, acesso e água. Detalhamentos podem ser feitos depois.


4. Planeje e realize a terraplanagem/construção de canteiro necessário.


5. Implantação de viveiro e utilização de variedades selecionadas para nova ou substituição de lavoura.


6. Inicie plantio em larga escala depois da implantação de quebra ventos e culturas úteis (adubação verde ou que servem como abrigo).


7. Continue com avaliação contínua, consultas, opiniões e experimentação inovativas. Preencha os nichos conforme evoluam.


Manejo de Pragas e Doenças


Considere somente espécies que agregam à policultura no auxilio e regulação de espécies problemáticas (animais e vegetais). Alguns biocidas poderosos são encontrados em plantas e são inofensivos ou de curto prazo, também biodegradáveis e naturais.


Inseticidas clássicos são os derivados de Crisântemo e Timbó (rotenona) e da árvore Nim ou Cinamomo. Poucas plantas dessas no local e perto da lavoura são fontes imediatas de controle de insetos, invertebrados, peixes e anfíbios.


Nim e timbó fazem controle de organismos aquáticos; a maioria das plantas inseticidas são letais à espécies aquáticas. 


Controle em larga escala de insetos, aplicados de forma aérea ou pulverizando o solo, podem combinar gorduras ou óleos (lecitina), um veneno (óleo de nim) e um agente infectante (Bacillus thuringensissis). 


Todos ou quase todos esses são auxiliados por pequenos peixes e outros predadores de insetos em sistemas abertos com água. Pastejadores como galinhas, suínos, gado, tartarugas comem frutas caídas e infestações de larvas de insetos, enquanto pássaros, lagartos e sapos comem infestações na copa das árvores. Lagartos e patos comem lesmas e caracóis.


A cobertura morta e adubação verde servem de abrigo para animais e fungos predadores. As gramíneas invasivas podem ser controladas por preás (de criação). As folhas e óleo de nim previnem praga em alimentos estocados.


Tagetes reduzem ou eliminam nematóides. Crotalária serve como adubação verde e prende nematóides com micélios de fungos, diminuindo e prevenindo os danos.


Bosques de palmeiras servem de abrigo e sombreamento leve para o consórcio e pecuária.


Galináceos, preás/pacas, gansos, tartarugas, corujas e até mesmo cobras controlam larvas, gramíneas, ratos e camundongos. Abelhas para a polinização. Todos os animais pelo valor dos resíduos beneficiam o complexo de palmeiras/cultura de interesse/consórcio, fornecendo uma produtividade complexa como subproduto.


Suínos são ideais para limpeza de culturas arbóreas, entre as linhas de palmeiras e frutíferas. Galinhas e patos são essenciais no controle de plantas invasivas de abacaxizeiro, gengibre e taioba.


A principal função de espécies animais é reciclar resíduos vegetais e ajudar o crescimento desenfreado da cobertura do solo. Além das espécies criadas e domesticadas, espécies endêmicas também devem ser examinadas para usos e funções específicas, necessitando testes amplos, diferentes dos usuais. Os animais controlam os contornos, margens, clareiras e caminhos, podendo ser encorajados com farelos ou restos de roçado. Onde existem animais predadores das criações, recomenda-se abrigos específicos adaptados, elevados e cercados junto com plantas herbáceas perenes e rasteiras.


Temas e Considerações


* Estrutura e zoneamento;


* Seleção de espécies;


* Padrões;


* Economia; 


* Adaptando plantações antigas;


* Efeitos do cultivo em monocultura.


Estrutura: qualquer policultura que duplicar ou imitar a estrutura normal de florestas tropicais tem chance de fazer sucesso. A estrutura do sistema se refere a aparência de um corte transversal de qualquer policultura.


Perto de grandes mercados ou sistemas de transporte em massa, introduz-se espécies de árvores grandes e utiliza-se as frutas e castanhas como produção suplementar para o mercado.


Ao redor das comunidades, uma abordagem mais complexa e rica em espécies é necessária, com combustível, alimentação, materiais estruturas e alimentação básica, óleos e medicinais em um consórcio complexo.


Longe da comunidade ou mercado, alguma pecuária pastejante (suíno, gado) é criada, com consórcio selecionado que auxilie o pastejo e alimentação em períodos de seca, como forragem ou frutos.


A proximidade a comunidade decide a complexidade de espécie e implica na estrutura, onde sistemas com trabalho intensivo são melhores locados perto da comunidade.


Zoneamento, ao longe da comunidade pode-se inserir:


* Árvores produtivas junto de palmeiras (coqueiro, juçara, cupuaçu, buriti, etc);


* Palmeiras com linhas e entrelinhas de plantas anuais de interesse;


* Pastagem e forrageiras entre palmeiras;


* Florestas e reservas.


Seleção de Espécies


Na comunidade: Um mosaico cheio de alimento, artesenato, medicinais e adubação é necessário. Cultivos intensivos e especiais como fungicultura e áreas experimentais são implantados aqui.


Distante da comunidade: espécies são selecionadas de acordo com o zoneamento geral/planejamento.


* Espécies devem ser adaptadas ao solo;


* Abordagem de mosaico é indicada baseada na drenagem e fertilidade do solo;


* Se o local é complexo (topografia, córregos, etc), então a cultura de interesse também deve ser;


* Espécies adaptadas ou semelhantes as da região; 


* Introdução de novas espécies precisam de testes e instruções de cultivo;


* Espécies escolhidas com potencial de beneficiamento (exemplo: coqueiro possui diversos produtos conhecidos, isto proporciona flexibilidade de mercado);


* Espécies que não se tornem invasivas (a não ser que controladas por manejo ou pecuária);


* Necessário boa informação, algumas variedades diferentes, produção garantida ou pouca manutenção e insumos para as espécies utilizadas;


* Espécies que são essencias para o presente e para o futuro (combustíveis, óleos, alimentação desidratada, etc).


Existem diversas variedades desenvolvidas e adaptadas para condições específicas de solo, microclimas, regiões e usos. 


Padrões para a policultura


Praticamente todas as áreas de cultivo beneficiam-se de sistemas de absorção de água superficial. O enleiramento/amontoa do solo é ideal para áreas úmidas, cucurbitáceas e cultura de raízes, com adubação verde e mulching entre as leiras. Canais/valas para áreas secas. 


Árvores frutíferas e palmeiras respondem bem a reservas de água no solo. 


Em solos compactados, canais podem ser a única forma prátia de irrigação em escala.


Em solos arenosos, a adição de matéria orgânica agrega o solo e cria micro e macroporos, facilitando o enraizando, infiltração e estrutura, portanto técnicas de cobertura morta (mulching), utilizando plantas invasivas/adubação verde/restos de manejo da cultura de interesse com incorporação no solo ou somente de cobertura são benéficas. Deve-se atentar que a matéria orgânica deve estar em contato com o solo para uma rápida decomposição e evitar proliferação de mosquitos. 


O espaçamento usual é: cacaueiro 2x3m, bananeira 3x3m, mandioca 1x1m, milho 1x0,5m em linhas, cítricos 9x9m, contudo podem variar conforme boletim técnico regional.


Caminhos e estradas devem ser planejados para acesso, manejo e colheita da culturas. Acesso para fontes de adubo (gramíneas, leguminosas) são necessários para culturas que necessitam de irrigação abundante (bananeira, abacateiro) ou culturas de curto prazo que também se beneficiam (inhame, taioba, gengibre). Bananeiras servem como fonte de matéria orgânica após a colheita, podendo-se utilizar folhas, pseudocaule e rizoma, servindo como cobertura morta pioneira na área de plantio. Pequenas árvores leguminosas (Leucena, Caliandra, Cássia) também auxiliam.


Custos


A irrigação sozinha pode aumentar em 50% a produtividade e triplicar no caso de consórcios com duas ou mais espécies, dobrando o retorno financeiro para o agricultor nessa mesma área.


Os custos da irrigação e consórcios (tanto plantas como animais) nunca excederão o retorno financeiro se forem selecionados espécies benéficas e adaptadas para o solo, suprimento de água e clima local.


A forma mais barata de irrigação é padronizar/modelar o solo para reter o máximo de chuva no período de chuvoso, permanecendo úmido no período de seca. 


A adição de três espécies podem aumentar a produtividade de 3 a 9 vezes e aumenta os custos em 3 vezes.


Efeitos da Monocultura


Erosão, contaminação, insumos e aumento de custos geralmente são causados por monocultivos. Nenhuma monocultura consegue manter a produção sem fertilidade do solo, esta geralmente é garantida pelo aumento da matéria orgânica no solo. Monocultura geralmente apresentam desnutrição das plantas, acarretando na busca de nutrientes através de insumos, que por sua vez aumentam os custos. Contudo a monocultura pode ser adaptado a práticas ecológicas e consórcios intercalados.


Sistemas complexos de policultura são difíceis de escalonar em  grandes propriedades. Tamanho da área por si só cria novos fatores e requerimentos ou custos, controle, mercado e trabalho.


Manejo da Adubação Verde


Espaçamento: com arbustos e arvoretas 0,5m é ideal para produção de folhagem e a poda na altura de 0,5-1,5m é recomendada.


Período: durante o ano inteiro, de 4 a 5 podas. Durante a seca, poda-se somente 1/3 ou metade da poda ideal.


Forragem: há o risco de brotos novos possuírem níveis mais altos de veneno metabólico do que brotos de 2 a 3 anos de idade. Se a cultura principal não prosperar, deve ser investigado.


Abrigo: árvores podem ser mais espaçadas devido suas raízes e produção de sementes e para proteção da cultura principal, pode-se utilizar de 2-20m (dependendo do tamanho da árvore). Uma copa completamente desenvolvida reduz ou elimina riscos com frio e geada.


Substituição: Árvores leguminosas produzem por 4-30 anos, qualquer sinal de perca ou vigor pode indicar a necessidade de replantio. Para arbustos, é necessário replantio a cada 2-3 anos, alguns arbustos e cobertura verde são anuais.


Uma pequena pesquisa indicará as plantas, invertebrados, vertebrados e substâncias inofensivas que podem ser utilizadas.


   


Fontes:


https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/2112/sistema-de-consorcio-com-mandioca


https://www.bibliotecaagptea.org.br/agricultura/culturas_anuais/livros/CULTURA%20DA%20MANDIOCA%20APOSTILA.pdf


http://agroecologia.gov.br/sites/default/files/publicacoes/8-consorcio-de-milho-feijao-e-mandioca.pdf


https://www.youtube.com/watch?v=qoF9yWGXsr8


http://g1.globo.com/al/alagoas/gazeta-rural/videos/v/manejo-diferenciado-no-plantio-consorciado-da-mandioca-com-o-sorgo-e-o-milho/2870853/


https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-70542014000300004


https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1091135/analysis-of-the-economic-feasibility-of-organic-polyculture


https://caminoverde.org/blog/2017/11/17/a-space-for-every-seed-the-power-of-polycultures


https://raktamachat.org/permaculture-thailand-asia/info/rak-tamachat-permaculture-media/permaculture-a-designers-manual/chapter-10-the-humid-tropics-in-permaculture-design/evolving-polyculture-humid-tropics-permaculture/


https://www.researchgate.net/publication/322161029_Integrated_crop_management_for_cassava_cultivation_in_Asia

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