Técnicas de Restauração da biodiversidade local voltadas para a agricultura familiar

Confira aqui como utilizar algumas técnicas para restaurar a biodiversidade local e que são voltadas para a agricultura familiar. Essas técnicas geralmente são utilizadas para restaurar matas ciliares, áreas de preservação ambiental e reservas legais.


Para resgatar a biodiversidade de algum local, promovendo a qualidade da fauna e flora e  manutenção do ecossistema, há algumas técnicas de restauração ambiental.

A seguir conheça duas destas técnicas, a de poleiros artificiais e a de transposição de galharia :

Poleiros artificiais :


Os poleiros artificiais são estruturas colocadas para o pouso de aves que passam por essas áreas, estes são propícios para o descanso e finalização da sua alimentação, com isso depositam sementes vindas de outros locais, que podem ser carregadas por animais terrestres para longe dos poleiros, as sementes podem ainda estar presas em suas penas, ou presente nas fezes.


O uso dos poleiros traz a diversidade regional para a área em restauração, recolonizando esses locais e formando um novo banco de sementes


Segundo Reis e Hmeljevski, 2009, existem dois tipos de poleiros, os secos e os vivos. Os poleiros secos são produzidos com três varas compridas imitando galhos secos de árvores ou árvores mortas em pé, e devem ser relativamente altos, podendo ser de 3 metros ou mais, dependendo do comportamento das aves que visitam a área. Os poleiros vivos são aqueles com atrativos alimentícios, eles imitam árvores para atrair animais que não utilizam os poleiros secos. Um poleiro vivo pode ser feito, plantando-se uma espécie de trepadeira nativa de crescimento rápido na base de um poleiro seco, a medida que a folhagem adensar, forma-se um ambiente protegido e propício pra abrigo, a espécie escolhida pode ser uma frutífera, pois além de atrair a fauna, os poleiros vivos geram sombra, e assim favorecem a germinação de sementes que necessitam dessa condição ambiental.


Transposição de galharia :


Para esta técnica são utilizados resíduos florestais e agrícolas, denominados galharias, obtidos de diversas plantas. Estas galharias são compostas por restos de galhos, folhas, tocos e materiais reprodutivos provenientes da própria propriedade, basta distribuir em torno de 4 núcleos deles por hectare. Eles são dispostos desordenadamente formando um emaranhado de restos vegetais.
Esta técnica atende, principalmente, à formação de abrigos artificiais para a fauna, que contribuem trazendo sementes para o local, as galharias mantém o ambiente úmido e sombreado, estimulando o desenvolvimento das plantas, além disso, são fontes de matéria orgânica, apresentando um grande potencial para a recuperação do solo, após a formação de húmus.


Referências :

REIS e HMELJEVSKI. Perspectivas sistêmicas para a conservação e restauração ambiental: Do pontual ao contexto. São Paulo: Atila, 2009. 14 a 16 P

SOARES, S. M. P. Técnicas de restauração de áreas degradadas. A nucleação como novo paradigma na restauração ecológica: Espaço para o imprevisível. São Paulo, 2006.

SANT’ANNA, Cristina Silva; TRES, Deisy Regina; REIS, Ademir. Restauração Ecológica. Sistema de nucleação. São Paulo, 2010.

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